Um mês do governo Trump: principais medidas e impactos
O ex-presidente Donald Trump retornou à Casa Branca em 20 de janeiro de 2025, iniciando seu segundo mandato nos Estados Unidos. Em seus primeiros 30 dias no cargo, o republicano adotou medidas que reforçam sua política “America First”, com foco na economia, imigração, relações internacionais e reestruturação governamental.
Revogação de medidas de Biden e nova abordagem migratória
Entre as primeiras ações de Trump, destacam-se a revogação de várias políticas implementadas por seu antecessor, Joe Biden, especialmente no campo da imigração. O governo intensificou deportações, utilizando aviões militares para repatriar imigrantes indocumentados. Segundo autoridades mexicanas, cerca de 11 mil migrantes foram deportados desde o início do mandato, e ao menos 29 mil foram detidos na fronteira com o México.
O Brasil também foi impactado pelas novas diretrizes migratórias. Em um mês, aproximadamente 200 brasileiros foram deportados, em voos organizados pelas autoridades americanas. Relatos apontam que os deportados enfrentaram condições precárias durante o processo.
Política comercial e tarifas sobre importados
No campo econômico, Trump reintroduziu tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio, uma medida que afeta vários países exportadores. A China foi especialmente impactada, com uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses. O governo chinês reagiu negativamente à decisão, alertando para possíveis impactos no comércio global.
Reestruturação governamental e cortes em programas federais
A administração Trump também iniciou cortes significativos na estrutura governamental. A extinção da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi uma das ações mais drásticas, encerrando programas voltados para o combate à pobreza e desastres humanitários.
Além disso, o governo promoveu uma redução de pessoal no funcionalismo público, oferecendo demissões voluntárias, que foram aceitas por cerca de 77 mil trabalhadores. Setores como Educação, Energia e Proteção Financeira ao Consumidor foram afetados.
Elon Musk e a nova agência governamental
Um dos destaques do novo governo é a criação do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE), liderado pelo bilionário Elon Musk. O departamento foi responsável por demissões e revisão de sistemas administrativos, mas até o momento seus objetivos finais não foram plenamente esclarecidos.
Política externa: Israel, Gaza, Rússia e Ucrânia
Trump tem mantido uma postura ativa em relações internacionais, especialmente nos conflitos de Gaza e Ucrânia. Seu governo participou das negociações para um cessar-fogo entre Israel e Hamas, mas propôs um plano controverso para a relocação da população palestina, rejeitado por diversos países.
No conflito entre Rússia e Ucrânia, o governo americano iniciou reuniões com Moscou para buscar uma resolução. No entanto, a falta de participação ucraniana gerou críticas do presidente Volodymyr Zelensky e de líderes europeus.
Saída da OMS e mudanças simbólicas
Outras medidas polêmicas incluem a retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Conselho de Direitos Humanos da ONU. O governo também implementou mudanças simbólicas, como a renomeação do Golfo do México para “Golfo da América”, o que gerou reações de vários países.
Conclusão
O primeiro mês do governo Trump foi marcado por medidas rápidas e polêmicas, gerando impactos internos e internacionais. Enquanto apoiadores destacam o cumprimento de promessas de campanha, críticos alertam para possíveis repercussões econômicas e diplomáticas no longo prazo. Os próximos meses serão decisivos para avaliar os desdobramentos dessas decisões.