Diretor do LimpaGyn nega rompimento de contrato com a Prefeitura de Goiânia
Em meio a rumores sobre a possível retomada da coleta seletiva pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), o diretor do consórcio LimpaGyn, Renan Andrade, negou qualquer possibilidade de rompimento do contrato com a administração municipal. Segundo ele, não há nenhum indicativo oficial de que o serviço deixará de ser responsabilidade do consórcio.
“A informação que circula é de que a Comurg voltaria a realizar o serviço de coleta seletiva na cidade, mas nós temos contrato vigente com a prefeitura”, afirmou Andrade em entrevista. “Assumimos a coleta seletiva em outubro de 2024, a pedido da gestão anterior, e desde então estamos superando as metas mensais.”
De acordo com o diretor, o LimpaGyn passou por uma reestruturação no final do ano passado, com a ampliação das equipes e a chegada de novos caminhões. Além disso, foram realizadas reuniões com o Ministério Público e cooperativas parceiras, que solicitaram ajustes operacionais. “Mesmo sem a formalização do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), cumprimos o que foi acordado, como a revisão do plano de trabalho e a substituição de equipamentos”, destacou.
O desempenho, segundo Andrade, tem sido acima da média. A meta contratual mensal de 2.600 toneladas foi superada nos últimos meses, com registros próximos a 3.000 toneladas. “Estamos há três, quatro meses entregando acima do previsto”, pontuou.
Sobre uma suposta insatisfação das cooperativas, o diretor também desmentiu. “Conversei com uma representante recentemente e ela relatou que tudo está funcionando bem. Inclusive, observamos que, diferentemente de outros anos, o volume de resíduos recicláveis não caiu no meio do ano — o que é positivo”, relatou.
Novos projetos
Andrade também revelou que o consórcio está desenvolvendo novos projetos para melhorar a qualidade e a quantidade do material entregue às cooperativas. Um dos focos é o trabalho em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME), iniciado há cerca de 90 dias, para retirada de materiais inservíveis das escolas da rede pública. “Esses materiais, após baixa patrimonial, são destinados corretamente e possuem alto valor para as cooperativas”, explicou.
Além disso, o LimpaGyn está preparando uma campanha de conscientização nas escolas e comunidades do entorno, com o objetivo de incentivar a separação adequada do lixo reciclável. “Queremos melhorar não só a quantidade, mas também a qualidade do material coletado. E já percebemos um aumento expressivo no volume entregue às cooperativas nos últimos seis meses”, concluiu.