Conmebol pune Cerro Porteño por racismo contra Luighi; Palmeiras critica punição branda
A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou, na manhã deste domingo (9), as sanções aplicadas ao Cerro Porteño, do Paraguai, devido ao caso de racismo ocorrido durante a partida contra o Palmeiras, na Copa Libertadores Sub-20, na última quinta-feira (6). A entidade determinou uma multa de 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil) ao clube paraguaio, valor que deverá ser pago no prazo de 30 dias.
Além da penalização financeira, o Cerro Porteño terá que disputar suas próximas partidas na competição sem a presença de torcedores. A Conmebol também determinou que o clube e seus jogadores inscritos na Libertadores Sub-20 publiquem uma campanha contra o racismo em suas redes sociais ao longo do torneio. Ainda cabe recurso contra as decisões.
Palmeiras contesta decisão e promete levar caso a instâncias superiores
Pouco depois da divulgação das punições, o Palmeiras emitiu uma nota oficial criticando as medidas adotadas pela Conmebol. O clube paulista classificou as sanções como “brandas e inócuas”, afirmando que não são suficientes para combater os recorrentes episódios de discriminação racial no futebol sul-americano.
“Com exceção da medida educativa adotada (campanha antirracista nas redes sociais do clube infrator), tratam-se de penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano”, afirmou o clube em um trecho da nota.
O Palmeiras também declarou que levará o caso às “entidades máximas do futebol mundial” e prometeu acionar as instâncias cabíveis para que a luta contra o racismo no futebol seja tratada com “tolerância zero”.
O atacante Luighi, alvo dos insultos racistas, recebeu apoio do clube e de seus companheiros. A equipe Alviverde reforçou que as emoções demonstradas pelo atleta “não serão em vão” e que seguirá firme na luta contra o racismo no esporte.