Assessoria Aava Santiago
GoiâniaPolítica

Proposta de Aava Santiago obriga divulgação de justificativas para abertura de créditos suplementares no Diário Oficial do Município

Câmara de Goiânia vota projeto para ampliar transparência em créditos suplementares

A Câmara Municipal de Goiânia votou nesta terça-feira (25), em primeira votação, o Projeto de Lei 406/2023, de autoria da vereadora Aava Santiago, que determina que todos os decretos do Poder Executivo que autorizem a abertura de créditos suplementares, especiais e/ou extraordinários sejam acompanhados de uma justificativa detalhada, publicada no Diário Oficial do Município (DOM).

O projeto tem como objetivo garantir transparência na gestão orçamentária, permitindo que a população e os órgãos de controle acompanhem o destino dos recursos municipais. Entre as exigências do texto, está a necessidade de apresentação da exposição de motivos conforme o artigo 43 da Lei Federal nº 4.320/1964, além do saldo de créditos suplementares disponíveis e o percentual utilizado do total autorizado na Lei Orçamentária Anual (LOA).

A vereadora Aava Santiago destaca que a iniciativa busca fortalecer os princípios de responsabilidade fiscal. “A transparência orçamentária é fundamental para garantir que os recursos sejam utilizados de forma adequada. Com essa medida, damos um passo importante para evitar arbitrariedades e permitir o acompanhamento por parte da população”, afirma a parlamentar.

A medida segue princípios de gestão fiscal responsável e é um passo significativo para ampliar a participação cidadã na fiscalização do orçamento municipal. Em 2023, Goiânia registrou um aumento de aproximadamente 25% na abertura de créditos suplementares em relação ao ano anterior, evidenciando a relevância de mecanismos que garantam maior clareza na destinação dos recursos. No primeiro semestre de 2024, os créditos suplementares somaram R$ 350 milhões, um crescimento de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O projeto surge em um momento essencial, em que foi decretado estado de calamidade nas finanças do município, com um déficit estimado em R$ 474,54 milhões, o que torna ainda mais relevante a fiscalização rigorosa sobre a utilização dos recursos públicos. Atualmente, a Prefeitura de Goiânia busca passar um aporte financeiro de R$ 190 milhões à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) sem a devida tramitação na Câmara Municipal. Mesmo que o projeto de aporte à Comurg não passe pela Casa de Leis, essa iniciativa garante que a população tenha acesso às informações sobre a aplicação desse recurso, bem como o percentual já utilizado de remanejamento.

O texto segue agora para uma segunda discussão antes de ser encaminhado para sanção do Executivo.

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